É isso mesmo! O tão esperado 2016 finalmente está chegando! O ano em que o cinema promete sacudir as emoções dos espectadores! E logo no primeiro semestre já teremos grandes filmes, alguns dos quais podem redefinir seu respectivo gênero dentro da sétima arte. Confira abaixo os trailers dos filmes que vão estrear até o mês de julho. Prepare as pipocas!
O cinema está se tornando saudosista. Em um período em que é
cada vez mais comum vez clássicos filmes retornarem do limbo (como Mad Max e Jurassic Park), a impressão é que não basta apenas relembrar o
sucesso de passados dourados para alegrar os fãs antigos, mas especialmente
enveredar nas possibilidades que aquele universo ainda tem a oferecer para
conquistar um novo público.
E Hollywood deve vibrar quando um roteiro com essa proposta
acaba caindo nas mãos de um diretor devoto ao saudosismo. J. J. Abrams é um cineasta que se enquadra nesse perfil, pois já
possui no seu currículo o reinício de Star
Trek e o fantástico Super 8, cujo
objetivo era resgatar o espírito de alguns longas da década de 1980. Não era
de se espantar, portanto, que ele se envolvesse em outro projeto dessa estirpe.
Mas ninguém, tampouco os fãs, esperavam que fosse um novo Star Wars.
Depois do anúncio de que a Disney tinha adquirido os direitos
sobre a obra de George Lucas e que
uma nova trilogia seria desenvolvida, muitas indagações foram levantadas: o que
resta contar? O que aconteceu com aqueles personagens após 32 anos desde o
episódio VI? Star Wars: O Despertar da
Força responde muitas perguntas, abre portas para o futuro, e faz com que
uma das franquias mais mitológicas da história do cinema continue com o
respeito irretocável.
No final de O Retorno
de Jedi, o Império é arruinado junto com a destruição da segunda Estrela da
Morte. Porém, o Lado Sombrio continua vivo, e das cinzas do Império surge o seu
remanescente: a Primeira Ordem. O enredo do filme tem seu início com Kylo Ren (Adam Driver), líder dos Cavaleiros de
Ren, em busca do mapa que pode entregar a localização do paradeiro de Luke
Skywalker (Mark Hammil), o último
Cavaleiro Jedi. Se a Primeria Ordem conseguir capturar Luke, o Lado Sombrio
finalmente terá sua vitória.
Uma parte deste mapa está com BB-8, um cativante droide, e
ele acaba se tornando amigo de uma catadora de lixo, Rey (Dayse Ridley), e de um fugitivo do próprio passado, Finn (John Boyega). A dupla logo é perseguida
pela Primeira Ordem e recebe a ajuda Han Solo (Harrison Ford), que pode levá-los à Resistência, antiga Aliança
Rebelde, uma vez que a líder Leia (Carrie
Fisher) também almeja adquirir o mapa.
O Despertar da Força é uma homenagem do começo ao fim. A
própria estrutura narrativa é bastante similar com Uma Nova Esperança, até pelo fato de existir uma nova Estrela da
Morte e na resolução de como destruí-la, o que vem arrancando críticas
negativas de muitos fãs, mas talvez a verdadeira intenção fosse preservar as
origens da franquia no sentido de como Luke foi introduzido à sua jornada. As
referências aos episódios anteriores são diversas – a trilha sonora de John Williams é uma viagem no tempo – e
é deveras emocionante rever esse mundo e seus personagens icônicos. (Assistir a
Millennium Falcon de volta à ativa é de arrepiar).
Além do avanço tecnológico, que contribui para um verdadeiro
e belíssimo espetáculo visual nas cenas de ação, as atuações não deixam a
desejar. Boyega é sensacional como alívio cômico e nos seus momentos heroicos,
assim como Ridley consegue transmitir claramente a evolução de Rey durante o
seu percurso. Ambos sustentam quase toda a trama e seria formidável se pudessem
ficar juntos no futuro. O título do filme faz menção à Força, a qual é muito
trabalhada em Kylo Ren, que a maneja quase tão bem quanto Darth Vader. É certo que
esse personagem trará mais surpresas.
Infelizmente, Star
Wars: O Despertar da Força tem seus deslizes. Algumas explicações são
superficiais e não saciam a curiosidade do espectador. Afinal de contas, era de
se esperar alguns detalhes do que aconteceu nos últimos 30 anos. Algumas
respostas podem ser encontradas em livros canônicos, mas e quem não os leu? É
provável, é claro, que alguns mistérios sejam solucionados nas sequências, o
que mostra que ainda há variados caminhos para esse universo ser expandido.
Com seu novo trabalho, J. J. Abrams conseguiu levar o
saudosismo a um outro patamar, enaltecendo com mais profundidade uma franquia
que consagrou o gênero da ficção científica e do space opera. A Força despertou, e será um prazer, agora mais do que
nunca, mergulhar na imaginação e nas aventuras que somente são encontradas naquela
galáxia muito, muito distante.
“A princesa Peribeia
segurava Annabeth pelo percoço como se a menina fosse um gato feroz. O gigante
Encélado tinha Percy preso em sua enorme mão fechada.
- Bem na hora! –
exclamou o rei dos gigantes. – O sangue do Olimpo, para despertar a Mãe
Terra!”.
O que esperar do final de uma saga? As respostas podem ser
múltiplas; romance, drama, comédia, ação... Ou todas as alternativas juntas,
mas cada qual bem constituída e exercida. E é isso e mais um pouco o que Rick Riordan entrega no último volume
de Os Heróis do Olimpo.
Após fecharem as Portas da Morte em A Casa de Hades e Percy e Annabeth conseguirem sair vivos do
Tártaro, os semideuses da Profecia dos Sete se veem diante da maior batalha de
todas: evitar que Gaia desperte e destrua o mundo. Porém, o tempo é curto e a
cada obstáculo que aparece, a situação fica cada vez mais calamitosa.
Na medida em que os tripulantes do Argo II viajam até a Grécia para impedir a cerimônia de
renascimento da Mãe Terra, o medo de falhar cresce em todos eles, especialmente
em Leo, que elabora um plano secreto que pode salvar ou aniquilar toda a
humanidade. Contudo, se Gaia precisa do sangue deles para recuperar plenamente
suas forças, não estariam os heróis caminhando em direção a uma armadilha
fatal?
Ao passo que a Acrópole se torna o cenário do clímax, Reyna,
Nico e o treinador Hedge ficam encarregados de levar a Atena Partenos até o
Acampamento Meio-Sangue. O problema é que o acampamento está sendo cercado por
tropas romanas, as quais, com a ajuda de monstros e outras criaturas do
submundo, estão dispostas a não deixar vestígios de sobreviventes. Além disso,
o trio está sendo caçado pelo gigante Orion. Cabe a Reyna escapar do inimigo
que está em seu encalço e também chegar a tempo com a estátua para estabelecer
a paz definitiva entre gregos e romanos.
O Sangue do Olimpo é apenas mais uma prova de que
Riordan é um autor cheio de cartas na manga. A narrativa é pressionada por uma
tensão que aumenta a cada aventura, e a opção de não seguir o roteiro da série
antecessora (Lembrando que Cronos, o vilão de Percy Jackson e os Olimpianos, já havia despertado desde o
penúltimo livro da saga), por mais que alguns leitores considerem uma falha
devido ao curto tempo da batalha final, revela que aqui o texano resolveu
enaltecer outros temas – não que a salvação do mundo não seja importante – ,
estreitando ainda mais a ponte entre personagens e leitores.
Os Heróis do Olimpo encerra com todas as ferramentas
adequadas que um fim poderia exigir, e com a impressão de que o leitor irá
reencontrar os semideuses em algum momento no futuro. Riordan ainda dá uma
pequena ponta de sua próxima série, voltada para mitologia nórdica, o que
significa que mais tramas estão vindo e também, para a alegria dos jovens
leitores, que o prazer da leitura não deve terminar com um simples ponto final.
“Todos nós temos um
único inimigo. E ele é o Presidente Snow. Ele corrompe tudo e todos. Esta
noite, apontem suas armas para a Capital. Apontem suas armas para Snow”.
Quando a franquia Jogos
Vorazes teve seu início no cinema em 2012, já nasceu com o preconceito de
se tornar somente mais uma aventura adolescente. A jornada de Katness Everdeen
(Jennifer Lawrence), no entanto,
veio repleta de surpresas, com uma trama que conversava com desigualdade
social, entretenimento sádico e coercivo e, principalmente, conflitos
políticos.
Em A Esperança – O
Final, como o próprio título já deixa explícito, tem-se o resgate dessas
questões e faz com que o espectador chegue ao ápice da dramaticidade que envolve
o povo de Panem e à revolução que promete cessar permanentemente a ditadura
imposta pela Capital.
Assim que Peeta é resgatado da Capital nos momentos finais da
Parte 1, Katness descobre que ele foi
submetido a um tipo de lavagem cerebral; um condicionamento agressivo cujo
único princípio é matar Katness. À medida que os treze Distritos se unem para o
ataque revolucionário de invadir a Capital e obrigar a rendição do Presidente
Snow, a Garota em Chamas finalmente sente a necessidade de se concentrar em cortar
o mal pela raiz; Snow precisa arcar com as consequências de seus atos.
Diferente da Parte 1,
que foi muito criticada por sua relativa calmaria ponderativa e filosófica,
aqui há o retorno da ação característica dos dois primeiros filmes, pois os rebeldes
precisam enfrentar as armadilhas que foram colocadas nas ruas da Capital para
impedir seu avanço. O perigo se esconde a cada curva e também na penumbra do
subsolo, e cabe ao Tordo decidir qual a maneira mais sensata de pôr um fim à
guerra.
O diretor Francis
Lawrence aproveitou o regresso da arena sanguinária e a Lionsgate também não poupou gastos; as
cenas em que Katness e seus amigos correm para sobreviver são bem filmadas, e
os efeitos especiais contidos em cada uma não decepcionam. Destaque para duas situações:
1) no esgoto com os Bestantes, a qual possui uma tensão que remete a outra
primorosa obra do diretor: Eu Sou a Lenda;
2) quando Katness tenta entrar na mansão, em meio a tiroteios e explosões.
Talvez seja pelo clima de encerramento ou apenas mais uma
peculiaridade presente em todos os longas da franquia, mas A Esperança – O Final carrega uma densa atmosfera melancólica,
tanto na fotografia quanto nos acontecimentos que se desenrolam no decorrer da
exibição. O interessante é ver como isso afeta personagens que antes eram
amigáveis e irreverentes (Preste atenção em Gale), provando o amadurecimento da
narrativa.
É gratificante perceber que uma história protagonizada por
uma adolescente não se prendeu ao triângulo amoroso e passou longe de se tornar
algo similar a Crepúsculo, ainda que
essas temáticas estivessem incluídas nas intenções de Suzanne Collins. Embora Katness não tenha um final 100% feliz,
especialmente porque algumas cicatrizes ficam para sempre, as ideologias
revolucionárias encontradas no discurso de Jogos
Vorazes apontam mais para a liberdade do que para felicidade. A crítica
política e as relações de abuso de poder continuarão sendo os alicerces que
fundamentaram essa franquia. Fica agora apenas o desejo utópico de que os
jovens não se esqueçam disso.
“Garanto a você que, em
algum momento, tudo vai dar errado. E você vai dizer: é o fim. É assim que vou
morrer”.
O cineasta Ridley
Scott conquistou sua fama a partir de 1979, quando lançou o memorável Alien – O Oitavo Passageiro. O sucesso
se manteve três anos depois com Blade
Runner – O Caçador de Androides, longa que está situado no olimpo das
ficções-científicas. Muitos fãs acreditavam que, após o fiasco de Prometheus em 2012, o diretor inglês
desistiria de produções desse gênero.
A surpresa não poderia ter sido mais agradável, e é com o
otimista e gracioso Perdido em Marte que
Ridley Scott regressa ao âmbito que em outrora o levou aos holofotes. Inspirado
na obra literária de Andy Weir, o
casamento da direção com o roteiro gerou um resultado ideal, uma vez que o
autor do livro sempre foi interessado por ficção e leis da física.
O enredo tem início com a tripulação da Ares 3 tendo que
abandonar o planeta vermelho. Durante o processo de evacuação, o astronauta
Mark Watney (Matt Damon) fica para
trás e é considerado morto pela NASA e, consequentemente, por todo o mundo.
Superando todos os possíveis cálculos matemáticos e teorias
científicas, Watney permanece vivo e inicia seu projeto de como sobreviver em Marte.
Diferente de Tom Hanks, que em O Náufrago
usou uma bola como seu melhor amigo (o inesquecível Wilson), aqui Watney
precisa se agarrar à ciência e a todo conhecimento que adquiriu por meio dela
até esperar que a próxima tripulação venha resgatá-lo.
Em oposição ao introspectivo Gravidade e ao didático e acadêmico Interestelar, Perdido em
Marte traz um clima amenizado diante de uma situação tão árdua. A
serenidade não é somente exalada pelo cativante elenco, mas sobretudo pela
trama; há ali o evidente esforço e interesse em salvar o astronauta e amigo,
tanto por parte da equipe da NASA, liderada por Jeff Daniels, quanto pela tripulação da Hermes, comandada por Jessica Chastain.
Parte do clima despretensioso deve-se à atuação de Matt
Damon, que construiu um personagem capaz de fazer piadas e destilar ironias nos
momentos mais adversos, seja nas suas experiências tentando plantar batatas ou
no seu histórico audiovisual. O fato do protagonista em muitas cenas ficar
falando diretamente para uma câmera ajuda a fazer com que o espectador torça a
favor daquele sujeito. E para descontrair mais, a trilha sonora é composta por
canções que abalaram as rádios de décadas passadas, como Starman e Hot Stuff, algo
que remete quase imediatamente ao cômico e adorável Guardiões da Galáxia.
Ridley Scott tinha em mãos a oportunidade de fazer mais um
drama com o intuito de concorrer a várias premiações, porém apostou na
simplicidade e alegria e fez com que Perdido
em Marte se tornasse outro marco em sua carreira. Parece que, apesar das
chances nulas de viver no espaço, ainda existe um longo rastro de esperança
para este gênero no cinema. E de repente Marte ficou mais simpática e amigável.
“Longo e árduo é o caminho que do inferno
conduz à luz”.
A simbologia por trás do número sete é mítica e ancestral e,
à luz da História – e até mesmo da Bíblia – , os exemplos em que o misterioso
dígito aparece são vastos. Sete maravilhas do mundo, sete cores no arco-íris,
sete dias na semana, sete selos do Apocalipse... É de fato intrigante, e embora
seja coincidência ou não, é preciso acrescentar à lista a existência das sete
virtudes sagradas e suas sete opositoras.
Os sete pecados capitais é um assunto que perpassa o mundo
artístico há muito tempo, praticamente uma fonte inesgotável para referências,
sendo inclusive uma das bases utilizadas por Dante Alighieri quando escreveu A Divina Comédia. Não é de se admirar,
portanto, que a temática ultrapasse as páginas literárias e seja abordada em um
filme policial.
Aliás, tal ambiente não poderia ser mais propício; o salário
do pecado é a morte, conforme escreveu o apóstolo Paulo em sua carta de Romanos.
Seven: Os Sete Crimes Capitais é uma
produção de 1995, estrelada por Morgan
Freeman e Brad Pitt. O longa
retrata os últimos dias da carreira do quase aposentado detetive Somerset
(Freeman), nos quais ele tenta desvendar uma série de homicídios ao lado do
novato e impetuoso detetive Mills (Pitt).
Os assassinatos giram em torno dos pecados capitais, em que
cada vítima possui uma ligação íntima com o pecado que lhe foi creditado. Cabe
aos investigadores decifrar os enigmas por trás da mente de um psicopata
megalomaníaco antes que ele conclua sua obra de arte.
Seven é um dos melhores filmes de suspense
da década de 1990 (quiçá dos últimos vinte anos), se equiparando a O Silêncio dos Inocentes, especialmente
no quesito trilha sonora. Parte do sucesso deve-se pelo roteiro e também pela
condução do diretor David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button, Garota Exemplar), que fez deste trabalho
um divisor de águas na sua carreira.
A atmosfera do enredo é sombria (chove em grande parte das
cenas), uma típica marca de Fincher, e na maioria das vezes os detetives sempre
entram em locais com pouca iluminação. Esses detalhes ajudam a intensificar o
mistério e, com destreza, ele se sustenta até o imprevisível, perturbador e
impactante final. É preciso ressaltar a atuação de Kevin Spacey, que se entregou a um desempenho tranquilo e doentio,
características que elevaram seu personagem ao patamar dos maiores vilões do
cinema.
Seven: Os Sete Crimes
Capitais, apesar de
possuir a estrutura básica de um filme policial, no qual o mocinho persegue o
assassino, possui profundos fundamentos filosóficos e morais acerca da
sociedade. É tolice analisá-lo apenas como mais um do gênero, uma vez que ele
expõe evidências de que as pessoas se acomodaram perante a face da maldade; o
mal está aí, corrompendo e dilacerando vidas, e é preferível aceitá-lo a
combatê-lo. Na terra do pecado, quem tem virtudes é rei.
“Nós
vemos um pecado capital em cada esquina... Em cada lar... E o toleramos. Porque
é algo comum. É trivial.”
“Isso é por
todos que a CRUEL levou. Eles nunca vão parar, então eu irei detê-los”.
Em 2014, a adaptação cinematográfica da obra literária Maze
Runner veio como a promessa de acrescentar mais uma franquia à lista dos
apaixonados por distopias no estilo Jogos
Vorazes e Divergente. O filme,
resultado da aventura criada por James
Dashner, fez sucesso e surpreendeu o público. Sua continuação não fica por
baixo e demonstra que a saga cumpre com o que é prometido.
Maze Runner: Prova de
Fogo começa
exatamente onde Correr ou Morrer
terminou. Após saírem do labirinto e descobrirem que são um dos poucos
sobreviventes do vírus Fulgor, Thomas e seus amigos são levados para uma
instalação no Deserto na qual podem ter segurança.
Felizmente, Thomas (Dylan
O’Brien) continua curioso e, com a ajuda de um novo aliado, é testemunha de
que tudo não passa de uma mentira; eles continuam sob domínio da CRUEL,
instituição que acredita que a cura do vírus está no sangue dos jovens e que
por isso os captura para fazer experimentos.
Logo a trupe formada por Thomas, Minho, Teresa (Kaya Scodelario) e Cia. escapam e vagam
pelo Deserto, fugindo de zumbis que se escondem nas sombras e tempestades de
raio que se formam no céu. E mediante a tantos obstáculos, surge a esperança de
não apenas encontrar a paz, mas também de combater a CRUEL.
Como todo bom segundo filme deve fazer, Prova de Fogo expande o universo de maneira satisfatória e
empolgante. Se no antecessor os jovens estavam presos entre as paredes do
labirinto, neste a mitologia do enredo ganha mais consistência e um mundo de
possibilidades se abre diante dos heróis, em que os perigos são bem mais
assustadores que os Verdugos do primeiro filme.
Os méritos do longa devem-se grande parte pelas incessantes
cenas de ação. O diretor Wes Ball,
que aqui teve um orçamento maior em suas mãos, soube aproveitar muito bem os
efeitos especiais e, além do discreto apelo emotivo trazido do predecessor,
conseguiu introduzir elementos de terror, violência e maturidade à trama (As
cenas com os zumbis são ótimas). Além disso, Prova de Fogo também traz novos personagens e potencializa a
atuação dos veteranos (Destaque para O’Brien), revelando que fama não é sinônimo
de competência.
Curiosamente – ou não – Maze
Runner: Prova de Fogo possui um final dúbio, o qual pode confundir muitos
espectadores; afinal, para quem torcer? Quem na verdade é o vilão? Talvez seja
somente uma estratégia do estúdio para promover o terceiro filme e lançar um
rastro de incertezas para o futuro da franquia. As promessas não param por aqui
e vários mistérios ainda estão por vir. Se a meta era atiçar os fãs, eles
conseguiram.
“Sintam-se honrados, pequenos semideuses. Nem
mesmo os olimpianos mereceram minha atenção. Mas vocês... Vocês serão
destruídos pelo próprio Tártaro!”.
Quem vem acompanhando a série Os Heróis do Olimpo deve concordar que o final de A Marca de Atena foi impactante e deixou
um dos maiores ganchos já escritos pelo autor Rick Riordan. Esse atributo revela não somente o inestimável
talento do escritor, mas também expõem uma característica que não deve faltar
em uma série literária: o teor de continuidade e a sensação de que as coisas
estão culminando para algo ainda pior.
Após resgatarem a Atena Partenos e verem Percy Jackson e
Annabeth Chase despencarem na escuridão do Tártaro, a tripulação do Argo II se depara com a missão mais
difícil até agora. Eles precisam viajar até a casa de Hades, localizada em
Épiro, nas terras antigas, no intuito de fechar as Portas da Morte e impedir
que os monstros ressuscitem tão rapidamente.
Porém, a jornada não será fácil, pois uma legião de titãs,
gigantes, e deuses menores passaram para o lado da Mãe Terra e estarão
dispostos a atrapalhar o caminho. Hazel, filha de Plutão, sabe que quando
chegar o momento terá de entrar na casa de Hades e enfrentar a feiticeira que
habita o interior da construção. E não apenas isso; o lugar também é um
recipiente de um exército de fantasmas, o que obrigará Nico, Jason e Frank a
procurarem um objeto sem o qual não terão êxito na missão. É primordial que
eles se apressem, pois Gaia irá despertar em menos de um mês.
Enquanto isso, nas profundezas do Tártaro, Percy e Annabeth
vagam por uma terra cercada por monstros que eles enfrentaram no passado. O
perigo se encontra a cada metro quadrado e o tempo é relativo. O casal precisa
caminhar até as Portas da Morte para fechá-las do lado do Tártaro ao mesmo
tempo em que os amigos devem fechá-las do lado do mundo mortal. Por sorte, eles
conseguem a ajuda de Bob, que lhes explica que podem atravessar o Tártaro com a
ajuda da Névoa da Morte.
A Casa de Hades, quarto volume da série, é repleto
de aventuras do início ao fim, e sua narração é dividida entre os sete
semideuses da Profecia. Esse nível de informação poderia ter prejudicado o
desenvolvimento da obra, contudo, Riordan é mestre em acrescentar humor na
trama e inserir elementos que fazem a leitura se tornar mais leve e prazerosa.
Por ser o penúltimo livro da série, A Casa de Hades prepara o terreno para o maior desafio que espera
pelos heróis e, devido a isso, o leitor irá se deparar com outro gancho (As
últimas linhas são de arrepiar e cortar o coração). Torna-se árduo falar mais
do que isso sem estragar as grandes surpresas do enredo. Embora seja um livro
grande, tudo se encaixa no final e agora Percy Jackson e seus amigos terão de
se preparar para mais uma batalha pelo destino e salvação do mundo.
Após a trilogia O
Cavaleiro das Trevas de Christopher
Nolan, o gênero super-herói no cinema sentiu a necessidade de ganhar um
teor mais sério, realista, com questões sociais e morais. A fórmula funcionou
com o Homem-Morcego, mas não significa que será exata o tempo todo;
infelizmente, não adianta consolidar um determinado aspecto em uma franquia se
não houver liberdade para criação ou uma mão boa que conduza a obra.
Este é o caso do novo Quarteto
Fantástico, dirigido por Josh Trank.
O reboot demorou a acontecer, uma vez
que o último filme foi lançado há oito anos e, para não perder os direitos
sobre a equipe, a Fox se apressou a iniciar o projeto. Isso talvez explique o
lamentável resultado final.
A trama gira em torno de Reed Richards (Miles Teller), rapaz que desde criança demonstrou um elevado nível
de genialidade e desenvolveu, com a ajuda do amigo Ben Grimm (Jamie Bell), a viagem interdimensional.
A invenção chama a atenção do Professor Franklin Storm e de sua filha, Sue
Storm (Kate Mara), que o convidam a
estudar na Fundação Baxter.
Lá, Reed conhece Victor Von Doom (Toby Kebbell), o primeiro cientista a pensar em criar a viagem
interdimensional. Com o auxílio do rebelde Johnny Storm (Michael B. Jordan), que é capaz de construir qualquer coisa, eles
criam o Portal Quântico que os levará ao Planeta Zero. O experimento não dá
certo e todos voltam com sequelas.
Não há muito que dizer deste Quarteto Fantástico. Josh Trank, que dirigiu o ótimo Poder Sem Limites, foi vítima de mais um
caso de “castração do estúdio”; recentemente, em uma rede social, ele afirmou
que a edição final cortou boa parte do filme que ele idealizou e que a maioria
dos fãs teria adorado a versão original. Essa afirmação coincide com os boatos
de que o longa passou por refilmagens.
Pelo menos, após a projeção, o espectador tem uma base da perspectiva
que Josh queria introduzir na equipe. Do início até a metade muito é falado a
respeito de teorias científicas e física quântica, relevando que o propósito do
enredo era exibir uma boa ficção científica. As falhas surgem do meio para o
final, como se fosse outro filme manuseado por alguém inexperiente,
prejudicando consideravelmente o escopo da obra.
A edição (ou, devo dizer, os produtores?) picotou o filme de
tal forma, que basta somente assistir aos trailers para se ter uma noção do
material retirado. O clímax é pífio, as motivações que regem Dr. Destino são,
no mínimo, superficiais e deploráveis, e a cena final é lastimável. A Fox, em
um ato desesperado de deixar o longa mais heroico, não percebeu que tinha a
faca e o queijo na mão e acabou criando um corte profundo no próprio orçamento.
É uma pena que uma visão tão interessante, um elenco maravilhoso e personagens
icônicos tenham sido tolhidos desse modo. Mais uma vez fica difícil traçar um
futuro para este infeliz e calejado quarteto.
“Essa é a sua chance de merecer aquele olhar
da sua filha. De se tornar o herói que ela já pensa que você é”.
Desde que iniciou sua Fase 1, lá em meados de 2008, um dos
objetivos da Marvel era trazer aos holofotes alguns personagens que nos
quadrinhos não eram tão queridos pelo grande público. O exemplo disso é que, no
mesmo ano, lançou o primeiro Homem de
Ferro, herói que nas páginas passou por eras sombrias, incluindo um período
de alcoolismo.
Parte dessa estratégia se deve ao fato da empresa não ter sob
seu domínio os direitos autorais cinematográficos de todos os seus personagens,
consequência da sua quase falência nos anos 90. Isso explica porque as equipes
dos X-Men e Quarteto Fantástico não estão disponíveis para entrar nos
Vingadores; ambas pertencem a Fox. O Homem-Aranha, o garoto-propaganda da
Marvel, tinha, até pouco tempo, seus direitos ligados à Sony, mas depois de um
contrato milionário, para a alegria dos fãs, o Cabeça de Teia poderá ser visto
ao lado de Capitão América e Cia a partir de 2016.
Sendo o seu leque de opções limitado, a empresa continuou
arriscando em lançar heróis desconhecidos e, em 2014, fez uma aposta certeira
com Guardiões da Galáxia. Os riscos
não param por aqui (Ainda vem Doutor
Estranho, Pantera Negra, mais um reboot do Aranha) e permanecem com o
recente Homem-Formiga, filme que
passou anos no papel e é o ponto final da Fase 2 nos cinemas.
No final da década de 1980, o cientista Hank Pym (Michael Douglas) decide se demitir da
SHIELD ao descobrir que algumas pessoas da companhia querem usar sua tecnologia
de diminuição para ações duvidosas. Ele cria sua própria empresa e encontra um
jovem aprendiz, Darren Cross. Mas o pupilo torna-se ganancioso e, após conhecer
o projeto Homem-Formiga criado por seu antigo mestre, desenvolve o Jaqueta
Amarela, um soldado do tamanho de um inseto com potencial de vencer guerras e
render civilizações inteiras.
Hank percebe que deve impedir os planos de Cross e com a
ajuda de sua filha, Hope (Evangeline
Lilly), recruta Scott Lang (Paul
Rudd), ex-ladrão que acabou de sair da cadeia. Lang precisa de um ofício e
também ser um exemplo de herói para sua filha, motivos que o levam a vestir a
armadura e se tornar o novo Homem-Formiga.
No universo das HQ’s, o Homem-Formiga é tão importante quanto
o Homem-Aranha e foi um dos fundadores da primeira formação dos Vingadores. Ele
consegue se comunicar com variados tipos de formiga e as torna suas aliadas.
Quando diminuto, tem força sobre-humana. Esses atributos são mostrados no filme
com bastante eficácia, garantindo um ótimo espetáculo visual.
O problema se encontra na relação entre os personagens. Um
dos cernes do roteiro é a conexão entre pai e filha, algo que parece não trazer
muita profundidade da parte de Hank e Hope, e inclusive na interação entre
mentor e pupilo. Fica a impressão de que faltam alguns detalhes a serem ditos,
que mais emoções poderiam ter sido colocadas, e esse pode ser um reflexo da
saída do primeiro diretor, Edgar Wright.
Assim que o novo diretor, Peyton Reed,
foi contratado, algumas partes do enredo foram reescritas.
Felizmente, a ação supera as falhas e cada cena que Scott
está pequenino remete a uma nostálgica viagem à Querida, Encolhi as Crianças. A comicidade fica por conta de Michel Peña (muito bom), a trama ficou
mais sólida e coesa ao introduzir elementos dos Vingadores e as cenas
pós-crédito revelam que vêm coisas interessantes por aí.
Sendo assim, o propósito de Homem-Formiga é acrescentar mais um herói ao universo
cinematográfico da Marvel, colocando-o no futuro ao lado de grandes personagens
como Hulk e Homem de Ferro. Nada mais além disso. Sem muitas pretensões, sem
muita grandiosidade. Apenas mais uma aposta da Marvel, a qual raramente erra, e
a promessa de um novo personagem para entrar no coração do público. Trailer:
Em 2010, o diretor Matthew
Vaughn chamou a atenção com o brilhante Kick-Ass,
pelo modo irônico e inusitado com o qual abordou uma temática heroica/realista
com pinceladas de sangue. Quase no estilo Tarantino, pode-se dizer. E como o
sucesso é um osso difícil de largar, é quase óbvio que a fórmula seja repetida,
ou, como é o caso de Kingsman: Serviço
Secreto, aperfeiçoada.
Eggsy (Taron Egerton)
é um típico jovem rebelde que perdeu todas as oportunidades que a vida
concedeu. Após ser preso por mais um ato de vandalismo, ele é solto por Harry (Colin Firth), velho amigo de seu pai e
que tem uma dívida a pagar. Harry lhe oferece uma vaga na Kingsman, uma secreta
organização internacional de espionagem, e uma loja de alfaiates para o resto
do mundo.
Na Kingsman, Eggsy e um grupo de recrutas tornam-se rivais
para competir por uma vaga na organização. Enquanto passam pelos testes mais
inesperados e mirabolantes, o empresário e verdadeiro prodígio da tecnologia,
Richmond Valentine (Samuel L. Jackson),
elabora um plano para elevar a humanidade a um novo status, sem se preocupar
com o número de vítimas que serão necessárias para a conclusão de seu projeto.
O roteiro de Kingsman
segue a premissa básica da jornada do herói, apresentando um jovem sem
perspectiva e o guiando ao caminho das virtudes, das condutas e das regras. O
fato dos personagens possuírem nomes de guerra que remetem à mitologia do Rei
Arthur (Merlim, vivido por Mark Strong,
por exemplo) fortalece a ideia de que, por ser uma história de origem, metade
do enredo se preocupa com o aprendizado de Eggsy e foca na sua transição de
delinquente para espião, assim como, na versão fabulesca, o jovem Arthur teve
que retirar a espada da rocha.
Tal característica, que por muitos pode ser vista como
clichê, poderia ser o ponto fraco de Kingsman.
Porém, sendo Vaugh mestre da ironia e o filme uma adaptação de uma HQ de Mark Millar, a tradição é a menor das
ameaças e inclusive ajuda a tornar a obra mais encantadora. No entanto, o maior
trunfo do longa é a quantidade de referências e, especialmente, a capacidade de
satirizar a si mesmo e também outros filmes do gênero.
O vilão construído por Samuel L. Jackson tem a língua presa,
veste-se como um adolescente e tem uma ajudante com lâminas no lugar de pernas.
Em uma conversa com o personagem Harry durante um jantar, Valentine afirma que
gostava de ver filmes de espião quando criança, enquanto Harry refuta que os
filmes eram tão bons quanto os seus vilões. O pequeno diálogo reflete a
dualidade de Kingsman, sempre
pendendo entre a comicidade e a tragédia. Um destaque especial para a cena da
igreja, onde ocorre uma das maiores carnificinas cinematográficas dos últimos
anos e que certamente vai entrar na lista das cenas de ação mais desembestadas
da História.
Apesar da ironia e bom humor, Kingsman: Serviço Secreto defende bem o gênero da ação/aventura e
tem tudo para entrar no cânone da espionagem do século XXI. Matthew Vaughn uniu
o que funcionou tão bem em Kick-Ass e
no seu predecessor X-Men: Primeira Classe
que é bastante possível que os cavalheiros espiões retornem para novas
missões. James Bond que se cuide.
E como em um piscar de olhos, foi-se o primeiro semestre de 2015! Mas há muito chão pela frente antes que o ano termine e as promessas do cinema continuam quentes! Ainda dá tempo de ver a nova Sarah Connor lutando contra as máquinas, o surgimento de mais um herói para a equipe dos Vingadores, Tom Cruise em mais uma missão impossível, o novo Quarteto Fantástico, um maluco se equilibrando nas torres do World Trade Center, um astronauta preso em Marte, Katness Everdeen na batalha final contra a Capital e o esperadíssimo retorno dos cavaleiros Jedi e da família Skywalker. Quer mais?
Qual será o filme mais impactante de 2015.2? Prepare a pipoca e faça suas apostas, pois a diversão está muito longe de acabar!
Muitas vezes é difícil parar para refletir e perceber que
existe magia no entretenimento. Afinal, é o encanto que alimenta a curiosidade
e prende a atenção, e talvez seja esse o ingrediente que vai manter atrações de
circos, parques e zoológicos vivas por vários anos. Provavelmente tenha sido
com esse pensamento que o autor Michael Crichton deu vida, lá na década de
1990, ao seu Jurassic Park.
A ideia de um parque temático, com dinossauros reais
reproduzidos por meio de avanço genético, foi tão visionária que chamou a
atenção do cineasta Steven Spilberg
e em 1993 a versão cinematográfica chegou às telonas, ganhando 3 Oscars e
alcançando a maior bilheteria de todos os tempos (Até Titanic chegar, em 1997).
Após mais duas continuações, por muitos anos se cogitou um
quarto capítulo para a franquia jurássica. E com a crescente necessidade
(muitas vezes desnecessária) da indústria hollywoodiana de fazer remakes e reboots, e, sendo assim, empanturrando os cofres com mais lucros,
surge Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros.
O enredo se passa vinte anos depois do ocorrido no primeiro Jurassic Park. Se lá John Hammond tinha
a visão de ver o maior empreendimento da sua vida em funcionamento, em Jurassic World o sonho se faz realidade.
O parque já está aberto há muito tempo e, por dia, garante a visitação de mais
de 20 mil pessoas. A administração agora fica por conta de Claire (Bryce Dallas Howard) que, juntamente com
a equipe de geneticistas e a intenção de aumentar o número de público, tem a
ideia de criar uma nova atração.
A atração em questão é o desenvolvimento de um dinossauro
híbrido, a Indominus Rex, mais brutal
e inteligente que qualquer outro, incluindo o T-Rex. A besta escapa da
contenção e sai pela Ilha Nublar matando tudo o que vê pela frente. É aí que entra
em ação Owen (Chris Pratt), o
adestrador de Velociraptors, cuja experiência no mundo animal lhe permite
elaborar um plano para caçar a fera ao passo em que é preciso manter a proteção
dos visitantes.
A intenção de Jurassic
World, assim como foi em Mad Max:
Estrada da Fúria, é bastante clara: apresentar a franquia ao público jovem
atual e causar nos mais velhos a sensação de saudosismo. Nesta perspectiva, o
filme funciona muito bem, homenageando o clássico em diversas cenas (Os meninos
encontrando o antigo parque, por exemplo).
Entretanto, carrega consigo um legado presente nos seus
antecessores; não há espaço para desenvolvimento de personagens quando o foco é
a gritaria e correria para escapar dos dinossauros famintos. O diretor Colin Trevorrow realmente se esforçou
para trazer essa mitologia para uma ótica mais atual; a violência presente,
embora pudesse ser mais sanguinária do que o pressuposto, está de bom tamanho.
Os efeitos visuais estão formidáveis, tornando a imersão cada vez mais crível.
A lendária trilha sonora de John
Williams retorna, mas fica bastante tímida no decorrer da projeção.
Apesar de não ter se saído mal, Jurassic World deixa a impressão de que poderia ter causado mais
impacto e, neste sentido, infelizmente, as comparações com o primeiro filme são
inevitáveis. Todos os fãs antigos devem lembrar o teor de suspense/terror que
Spilberg introduziu no original, com cenas memoráveis como o ataque do T-Rex ao
carro e a cena dos Velociraptors na cozinha. Contudo, pelo menos a batalha
final é impressionante e, desse modo, alimenta a esperança de que a franquia
ainda tem mais combustível para queimar. A magia de Jurassic Park foi restaurada e, para a alegria dos espectadores, e
dos dinossauros esquecidos de outrora, a extinção parece estar fora de questão.