terça-feira, 31 de maio de 2011

E após um ano, fez-se a constatação


Sempre repeti comigo mesmo que nunca faria um blog. Não por falta de coragem, ou por sofrer da síndrome da preguiça aguda, mas sim porque alimentar essa criatura virtual dá trabalho; exige tempo e, na maioria dos casos, muita criatividade. - Fragmento da primeira postagem do Menino das Letras, há exatamente um ano.


Poucos são aqueles que sabem disso, mas tudo começou com um trabalho de faculdade. Lá estava eu no 5º período do Curso de Letras pagando uma disciplina chamada Prática em Estudos Literários, quando em um belo dia a professora decidiu dividir a turma em grupos para uma tarefa bastante notável. A premissa era simples: cada grupo iria trabalhar um conto, analisá-lo de acordo com os princípios literários e expor os resultados diante da sala.

A problemática: meu grupo estava perdido feito cego em tiroteio. Confiamos que o tempo, com suas longas horas compostas pelos infinitos minutos, faria cair do céu nas nossas mãos algum conto de qualquer autor renomado... O tempo passou e nenhum conto que nos interessasse apareceu. Graças ao toque do destino, dias antes eu havia escrito um conto chamado A Menina que Matava Livros, e indaguei à professora se ele poderia ser trabalhado. Ela deu sinal verde, na condição de que o texto fosse publicado em algum lugar. Dominado por uma epifania descomunal, na mesma noite tive a ideia inusitada de criar um ambiente que não serviria somente para a divulgação do conto, como também para a exposição de textos futuros.

Naquela noite, contagiado pela euforia, não parei para imaginar as consequências daquele ato simplório. Jamais passaria pela minha cabeça que aquele espaço virtual ganharia um sentido, que o seu significado perpassaria pelos olhos, bocas e ouvidos de tantas pessoas. Mal sabia eu que aquela criação me renderia críticas, elogios e emoções. Assim foi e continua sendo. Na noite do dia 31 de maio de 2010, eu criei o Menino das Letras.

Antes de continuar, não posso deixar de fazer alguns agradecimentos: à professora Klébia de Souza, pelo consentimento em permitir que meu texto fosse trabalhado em sala. À Danielly Travassos, a mulher que me inspirou a escrever o conto. À meus amigos e familiares, por todas as vezes que vieram até aqui. E, é claro, à você, que semana por semana se dispõe a vir me visitar (Incluindo a garota que, no início deste mês, nos corredores da faculdade, disse-me que acompanhava cada postagem do blog). À todos, o meu sincero obrigado.

E agora iremos aos números. Gostaria de deixar claro que não estou tratando de suposições e tampouco faço isso com a intenção de me vangloriar. Os resultados numéricos que aqui serão apresentados são baseados em fatos reais e se algum dos cálculos estiver equivocado, será totalmente compreensível; um letrado na área da matemática é quase como um sinal de alerta nuclear.

Ao longo de 365 dias, o Menino das Letras teve 62 postagens (sim, estou contando com esta) e 42 comentários. Sua divulgação é feita por intermédio das redes sociais Orkut, Twitter, Facebook e Msn, e também já foi resultado de várias buscas no Google. O blog já foi visualizado por pelo menos uma cidade de quase todos os estados do Brasil e, o mais inacreditável, ultrapassou os mares; atingiu a América do Norte, África, Ásia e a Europa, tendo Portugal como o líder em acessos europeus. (Como prova disto, há o globo girando no lado direito da página).

Ao todo, foram mais de 3780 visualizações no decorrer de 52 semanas, dando uma média de aproximadamente 72 visitas semanais. Devo dizer que, para um letrado que há um ano não fazia a menor ideia de como dirigir um blog e que sequer imaginou que sua existência virtual fosse completar o ciclo de 8760 horas, esses resultados são de arrepiar. É irônico pensar que tais números sejam importantes para a história do Menino das Letras, uma vez que matemática nunca foi meu forte. Portanto, leitor(a), relaxe, divirta-se e sinta-se em casa para festejar este aniversário. Abra o champanhe e apague a luz; assim, todos juntos, em uníssono, cantaremos os parabéns e apagaremos a velinha.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas



"Não é pelo desafio. É pela jornada".


Há alguns anos, as trilogias eram uma ótima forma de se fazer dinheiro em Hollywood. Bastava um filme ser aclamado pelo público e arrastar alguns milhões de pessoas ao cinema que já era motivo de se pensar numa continuação. Quanto maior fosse o lucro, maior eram as chances de se fazer outras sequências. Mas a tendência é que a indústria cinematográfica evolua, e logo ficou claro que trilogias não seriam mais o suficiente.

A moda agora é que as franquias ultrapassem o número de 3 filmes, e isso está se espalhando feito febre: Resident Evil, Jogos Mortais, Premonição e os mais recentes Pânico 4 e Velozes e Furiosos 5 são apenas alguns dos exemplos, pois no momento a bola da vez é o quarto filme da série Piratas do Caribe. O Capitão Jack Sparrow está de volta e desta vez navegará em marés estranhas para ir de encontro à Fonte da Juventude.

Para que você não se sinta um peixe fora d'água, irei situá-lo(a) na história. No final de Piratas do Caribe - No fim do Mundo, vemos Jack zarpar em um barquinho rumo ao horizonte em posse de um mapa que supostamente o levaria à mítica Fonte. Neste novo filme, o irreverente pirata continua em sua busca, porém vê-se diante de um empecilho: algum impostor anda espalhando aos sete ventos que é Jack Sparrow e que está recrutando marujos para uma expedição.

A coroa inglesa interessa-se pelo assunto e captura o verdadeiro Jack na esperança de obter o mapa. A surpresa: Barbossa deixou de ser pirata e agora trabalha para os ingleses, visto que o Pérola Negra foi roubado. Após muita correria e explicações minuciosas, Sparrow reencontra-se com Angélica (Penélope Cruz), um romance antigo, e logo em seguida é convocado para fazer parte da tripulação do navio A Vingança da Rainha Ana. À bordo, além de perceber que está sendo usado por Angélica para chegar até a Fonte, descobre que ela é filha do lendário pirata Barba Negra.

O círculo de interesses é logo estabelecido; cada um quer a Fonte para si, seja para ganhar mais anos de vida, seja para obter vingança, seja para evitar uma morte profetizada. A Inglaterra e a Espanha também estão na corrida em busca da água sagrada, cada qual com suas razões específicas. Embora seu motivo perca um pouco de significado diante de tantos outros, a participação de Jack ganha sentido quando ele passa a ser o encarregado de encontrar o caminho que os levará à Fonte. O problema é que um ritual terá que ser realizado com dois cálices: a mistura da água da vida com a lágrima de uma sereia dentro de um, e no outro uma passagem direto para a morte. Para se obter uma vida mais longa, outra precisará ser sacrificada.

O quarto filme da franquia foi dirigido por Rob Marshall e é por isso que algumas mudanças em relação aos outros são perceptíveis. Vemos aqui poucas cenas de ação e uma ausência de dinâmica, consequência do baixo orçamento. Ainda que a trama seja boa e divertida, há a falta de antigos personagens, e os novos que foram inseridos têm seus brilhos ofuscados pelo talentoso Johnny Depp. Portanto, não espere muita coisa de Penélope Cruz e muito menos do novo casal romântico; um missionário que se apaixona por uma sereia, cuja importância na história é tão irrelevante que os roteiristas nem se preocuparam em explicar o que foi feito dos dois no final do longa.

De fato, como já era de se esperar, Jack Sparrow carrega nas suas costas - e com facilidade - este quarto capítulo que mais parece um filme solo. Apesar de não possuir efeitos especiais majestosos como nos seus predecessores, Navegando em Águas Misteriosas nos relembra o porquê de Piratas do Caribe ser tão bom. A mistura do real com o fantasioso sempre foi o ponto forte da franquia, além da inteligência por trás das loucas trapalhadas do Capitão Jack Sparrow. Um pirata que, ao que tudo indica, ainda tem muita água para desbravar.


Trailer (DUBLADO):

sábado, 21 de maio de 2011

O Calibre



"O homem é o lobo do homem" - Thomas Hobbes.

Chame como quiser: azar, destino, Lei de Murphy... De alguma forma sempre pagamos pelos erros cometidos na vida, seja durante ou depois dela. É importante enfatizar que não me refiro aos deslizes do cotidiano, os erros inconscientes, pois se estes fossem motivos de condenação então a raça humana inteira seria dizimada. Estou me referindo aos atos errôneos que são premeditados, arquitetados com uma sutileza fria e malévola.

O homem não nasce mal, ele se torna. Todos nós crescemos com a dualidade de possuir um lado bom e outro ruim. Os caminhos são colocados na nossa frente e temos ao nosso lado o livre-arbítrio, de modo que somos totalmente responsáveis por cada ato de violência praticado ao próximo. Infelizmente, testemunhamos diariamente a capacidade que o homem tem de fazer o mal, de propagar o caos e a brutalidade.

No dia 10 de março deste ano, sofri uma tentativa de assalto a poucos metros da rua onde resido. Por uma sorte de natureza milagrosa, consegui escapar correndo. No momento de adrenalina não me passou pela cabeça a hipótese de levar um tiro, caso o sujeito estivesse armado; se fosse em uma circunstância inversa, provavelmente eu não estaria mais aqui conversando com você e tivesse entrado para o exorbitante número de vítimas da violência. E a coisa só faz piorar: em abril o Brasil parou defronte ao massacre de Realengo em que mais inocentes pagaram com a vida pela maldade de um criminoso.

O videoclipe de hoje pertence à lendária banda Os Paralamas do Sucesso e a música chama-se "O Calibre". Ela fez parte da trilha sonora de Tropa de Elite 2 e reflete um pouco a situação real na qual vivemos, não só no Brasil como em qualquer outra parte no mundo. A violência atualmente é como um vírus; está em todo lugar. E isso não é motivo para ninguém se orgulhar.

Parafraseando Thomas Hobbes, se o homem de fato é o inimigo de si próprio, se ele dedica grande parte do seu tempo caçando um ao outro, sendo o predador dele mesmo, então há um mitológico Leviatã hibernando nas profundezas das nossas almas. Sendo assim, nesta guerra entre o bem e o mal, creio que nada mais resta a não ser fazer um último pedido: que Deus tenha piedade de nós.


Letra:

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)

sábado, 14 de maio de 2011

(500) Dias com Ela



Essa é uma história de um rapaz que conhece uma moça... Mas você tem que saber de antemão que não é uma história de amor”.


Os finais felizes encontrados em contos de fadas e filmes românticos foram feitos para criar na nossa mente uma imagem – total e essencialmente ilusória – de que tudo sempre acabará bem, que durante a eternidade todos os problemas serão resolvidos e que as pedras no nosso caminho serão retiradas de uma maneira ou de outra. Por quê? Porque, infelizmente, a realidade é dura e cruel.

É claro que para alguns, em geral as garotas adolescentes (muito embora as adultas também não escapem), a questão resumi-se em fé. A esperança imortal de encontrar a cara metade, na busca incessante de cruzar com o príncipe encantado predestinado a tornar seus dias mais felizes. Homens também pensam nas suas almas gêmeas, mas este é um assunto muito delicado para se detalhar e discutir.

Entretanto, não se pode viver sonhando; até mesmo porque a realidade insiste em nos trazer de volta ao chão o tempo todo. E às vezes, quando postados diante dela, somos agradecidos por nos mostrar as coisas como elas são. (500) Dias com Ela é uma comédia romântica/dramática bastante inovadora, pois não possui um final de contos de fada. Isto já fica evidente nos primeiros minutos justamente para quebrar paradigmas. Por essa razão, pelo realismo exaltado, que ganhou méritos comigo.

Nos momentos iniciais o espectador é apresentado a Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt), um rapaz que cresceu com o sonho de conhecer “a escolhida”. Em seguida conhecemos Summer Finn (Zooey Deschanel), uma moça que cresceu com pais separados, que teve relacionamentos frustrados e que prefere ser livre e independente por não acreditar solidamente no amor. Ambos trabalham na mesma empresa de cartões, portanto se conhecem e ficam cada vez mais íntimos. Durante 500 dias, de forma não-linear, testemunhamos cada avanço e regressão de um relacionamento intensamente incomum.

O diretor Marc Webb (diretor do novo Homem-Aranha/2012) fez um sublime trabalho em seu filme de estreia, juntamente com os roteiristas Scott Neustadter e Michael H. Weber. Eles conseguiram enfocar o amor dentro de uma perspectiva realista, fazendo as inocentes crenças de Tom colidirem com os valores aparentemente frios de Summer. Suas ideologias se cruzam, somam-se, e o resultado da equação gera um resultado cataclísmico para o jovem sonhador.

Não há como não se identificar com Tom e sua história. Eu já passei por isso, você provavelmente também. A pessoa se apaixona e cai na ilusão de que está sendo correspondido(a), e que através daquela recíproca frutos bons serão colhidos e novamente plantados, gerando um ciclo de alegrias sem fim. Depois que o disfarce cai e a decepção amorosa triunfa, o que resta é saborear o gosto amargo e azedo da depressão e melancolia. Imagine: tudo aquilo no qual você acredita pode reinar no mundo das ideias, porém não vale nada diante da realidade.

Acalme-se. Antes de encerrar esta postagem, leitor(a), preciso reconfortá-lo(a). (500) Dias com Ela nos revela uma nova abordagem de final feliz. É o remédio do novo século, se assim posso dizer, e a melhor solução que você poderá encontrar caso esteja passando por isso ou conheça alguém em situação similar: a superação. A chance de dar a volta por cima, de retomar suas forças e seguir adiante. Assim é a vida, uma montanha-russa, igual ao amor. E são nas curvas inesperadas e nas oscilantes subidas e descidas que as surpresas agradáveis estão escondidas. Talvez seja verdade que exista um pote de ouro no final de cada arco-íris, basta apenas achar o caminho certo neste vasto mundo de encruzilhadas.


Trailer:

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Luz dos Olhos




Aviso aos navegantes: preconceito é prejudicial à saúde. Ele muitas vezes distorce sua visão, cria uma falta de discernimento azeda e, em variados casos, insípida. O preconceito musical é bastante predominante entre os cidadãos; tentar socializar um roqueiro com um pagodeiro ou dançarino de axé às vezes é uma péssima ideia... Eu, por exemplo, admito que não simpatizo com alguns ritmos dançantes (mesmo porque a função de quase todos é somente fazer você dançar, e as letras não têm nada a acrescentar na sua vida). Neste caso, sim, o preconceito é compreensível.

O que não concordo e não consigo aceitar é o fato de algumas pessoas não terem a capacidade de separar o cantor da música. Não vou apontar dedos e citar nomes, mas alguns sujeitos - especialmente os religiosos - já me criticaram por eu escutar determinadas músicas. Ora, só porque o cantor é usuário de drogas suas canções necessariamente terão que fazer apologia ao uso de tais produtos químicos?

Francamente, há um abismo enorme entre a canção e o artista. É óbvio que a performance e a voz do cantor ou cantora são primordiais para dar vida à música e torná-la atrativa. Isto é irrefutável. Se fulano foi homossexual, se beltrano era alcoólatra e fumante, ou se sicrano tinha uma plantação de maconha para saciar o seu vício, pouco me importa. O importante de verdade é a letra que a canção carrega e a mensagem que nela está embutida.

Logicamente, o preconceito também vem da deficiência em interpretação de texto. E da falta dela, em casos mais gritantes. Grandes cantores nacionais (no sentido de cantarem bem), são ignorados e rejeitados por possuírem uma biografia, digamos, fora dos padrões comuns postulados pela sociedade. Cantores são feitos de carne e osso, mas as músicas ficam eternizadas nos ouvintes de cada geração da história.

O videoclipe de hoje foi tirado do Acústico MTV da cantora Cássia Eller, cuja música chama-se "Luz dos Olhos". A letra é bem romântica e não apela para o erotismo... Coisa que, hoje em dia, é raro de se ver.


Letra:

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Dia pra esses olhos sem te ver
É como o chão do mar
Liga o rádio, a pilha à tv
Só pra você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia, chora

Os meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus no olhos vidros pra poder
Melhor te enxergar
Luz nos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A tua boca em minha
Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a lua irradia a glória

E eu te chamo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te quero também

Faço as pazes lembrando
Passo as tardes tentando
Te telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro Fusca lá fora

E eu vou guiando
Eu te espero vem
Siga aonde vão meus pés
Porque eu te sigo também
Eu te amo
Eu te peço vem
Diga que você me quer
Porque eu te
Quero também

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Meme Literário


À medida que o tempo vai passando, percebo que ainda tenho muito o que aprender no mundo dos blogs. Por exemplo, não tinha conhecimento algum a respeito da existência de um Meme Literário. Sim, o Menino das letras recebeu uma indicação através do convite de Fábio C. Martins, do blog Folhetim Online. Obrigado mais uma vez, cara! Pois bem, vamos lá. Espero não decepcionar...


I - EXISTE UM LIVRO QUE VOCÊ LERIA E RELERIA VÁRIAS VEZES?


Muito provavelmente, de todos os livros que já li na vida (e não foram poucos), este é o que fica mais próximo da primeira colocação no patamar das releituras. Markus Zusak construiu uma história que me cativou de diversas maneiras e que de certa forma mudou minha percepção com relação a determinadas coisas. Com Ed Kennedy aprendi que também posso ser um mensageiro. Todos nós podemos. Mesmo já tendo lido duas vezes, não me arrependeria de ler outra vez e mais outra. De jeito nenhum.


II - QUE LIVRO VOCÊ GOSTARIA DE TER LIDO MAS QUE, POR ALGUM MOTIVO, NUNCA LEU?


O Mundo de Sofia já vem me perseguindo há um bom tempo. Primeiramente o título sempre me chamou a atenção. Depois o interesse ficou mais acentuado nas aulas de Filosofia no 1º período da faculdade, e após ler a sinopse a curiosidade só fez aumentar. Para completar, o livro entrou para o acervo do curso de Letras na biblioteca da faculdade. Mesmo assim, prefiro ter o meu.


III - QUAL O LIVRO QUE LEU CUJA ‘CENA’ FINAL VOCÊ JAMAIS CONSEGUIU ESQUECER?


Esta categoria me deixou na dúvida entre "A Cabana" e "O Caçador de Pipas". Entretanto, embora ambos tenham seus momentos dramáticos e emocionantes, nenhum deles chega aos pés do final de A Menina que Roubava Livros. É possível não sentir a tristeza da pobre Liesel Meminger em meio à paisagem devastada e apocalíptica da Segunda Guerra Mundial? A própria Morte, que narra a história, fica com pena da menina. Liesel encontrou-se com a Morte 3 vezes e sofreu com as consequências de cada um desses encontros... Rudy Steiner que o diga. Ainda estou para ver outro final tão cruel. "Os seres humanos me assombram".


IV - VOCÊ TINHA O HÁBITO DE LER QUANDO CRIANÇA? SE LIA, QUAL TIPO DE LEITURA?


Se eu tinha o hábito de ler quando criança? É quase a mesma coisa de perguntar a um padre se ele sabe rezar uma missa. É claro, foi na infância onde tudo começou. Graças aos gibis de Maurício de Souza que eu adentrei no universo da leitura, e as aventuras da Turma da Mônica preencheram o meu imaginário por um longo e inesquecível tempo. Tive que começar com eles, e talvez não seria tão marcante se tivesse sido de outro jeito. Disso jamais vou esquecer.


V - QUAL O LIVRO QUE ACHOU “CHATO”, MAS QUE AINDA ASSIM, LEU-O ATÉ O FINAL? POR QUÊ?

Um aviso para quem ainda não sofreu com isso: só porque um livro despertou a sua atenção, não quer dizer que ele irá te proporcionar uma leitura excepcional. Ok, o autor pode até escrever bem, mas não rola aquela química, entende? Li porque um dos protagonistas é Leonardo da Vinci e caí na ilusão de que esse fator renderia um enredo extraordinário. O suspense é posto na dose certa e isso faz com que você queira saber como terminará, contudo, francamente, tem uns diálogos cansativos... O livro é salpicado de mistérios e quando chega o momento da grande revelação, o clímax não agrada tanto. Para quem gosta de política, história, ciência e religião misturados em um só ingrediente, pode ser um prato cheio.


VI -INDIQUE ALGUNS DE SEUS LIVROS PREFERIDOS (Essa vai para os amantes da Literatura Infanto-Juvenil).

A) Percy Jackson e os Olimpianos, de Rick Riordan;
B) As Chaves do Reino, de Garth Nix;
C) Diário de um Banana, de Jeff Kinney;
D) Harry Potter, de J.K. Rowling;
E) As Crônicas dos Kane, de Rick Riordan;
F) A Sétima Torre, de Garth Nix.


VII -QUAL LIVRO VOCÊ ESTÁ LENDO NO MOMENTO?


Na verdade eu não estou lendo nenhum livro no momento. Estou à procura de um que a faculdade pediu, e após este terei mais dois para ler. Desta forma, preferi optar por aquele que li por último, o primeiro volume de As Crônicas dos Kane. Rick Riordan, mais uma vez, deu um show de criatividade, misturando a mitologia egípcia com o contemporâneo. Demonstrou que pesquisou intensamente para dar vida à história dos irmãos Kane e nos mostrar um pouco da cultura do povo egípcio. Ação e aventura são alguns de seus sinônimos. Esse cara vai longe...



É isso. Espero ter feito alguém se interessar por pelo menos um destes livros.

OBS: Lembrando que alguns dos livros citados acima possuem resenhas críticas aqui no blog.