segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Os Heróis do Olimpo - O Sangue do Olimpo


“A princesa Peribeia segurava Annabeth pelo percoço como se a menina fosse um gato feroz. O gigante Encélado tinha Percy preso em sua enorme mão fechada.
- Bem na hora! – exclamou o rei dos gigantes. – O sangue do Olimpo, para despertar a Mãe Terra!”.

O que esperar do final de uma saga? As respostas podem ser múltiplas; romance, drama, comédia, ação... Ou todas as alternativas juntas, mas cada qual bem constituída e exercida. E é isso e mais um pouco o que Rick Riordan entrega no último volume de Os Heróis do Olimpo.

Após fecharem as Portas da Morte em A Casa de Hades e Percy e Annabeth conseguirem sair vivos do Tártaro, os semideuses da Profecia dos Sete se veem diante da maior batalha de todas: evitar que Gaia desperte e destrua o mundo. Porém, o tempo é curto e a cada obstáculo que aparece, a situação fica cada vez mais calamitosa.

Na medida em que os tripulantes do Argo II viajam até a Grécia para impedir a cerimônia de renascimento da Mãe Terra, o medo de falhar cresce em todos eles, especialmente em Leo, que elabora um plano secreto que pode salvar ou aniquilar toda a humanidade. Contudo, se Gaia precisa do sangue deles para recuperar plenamente suas forças, não estariam os heróis caminhando em direção a uma armadilha fatal?

Ao passo que a Acrópole se torna o cenário do clímax, Reyna, Nico e o treinador Hedge ficam encarregados de levar a Atena Partenos até o Acampamento Meio-Sangue. O problema é que o acampamento está sendo cercado por tropas romanas, as quais, com a ajuda de monstros e outras criaturas do submundo, estão dispostas a não deixar vestígios de sobreviventes. Além disso, o trio está sendo caçado pelo gigante Orion. Cabe a Reyna escapar do inimigo que está em seu encalço e também chegar a tempo com a estátua para estabelecer a paz definitiva entre gregos e romanos.  

O Sangue do Olimpo é apenas mais uma prova de que Riordan é um autor cheio de cartas na manga. A narrativa é pressionada por uma tensão que aumenta a cada aventura, e a opção de não seguir o roteiro da série antecessora (Lembrando que Cronos, o vilão de Percy Jackson e os Olimpianos, já havia despertado desde o penúltimo livro da saga), por mais que alguns leitores considerem uma falha devido ao curto tempo da batalha final, revela que aqui o texano resolveu enaltecer outros temas – não que a salvação do mundo não seja importante – , estreitando ainda mais a ponte entre personagens e leitores. 

Os Heróis do Olimpo encerra com todas as ferramentas adequadas que um fim poderia exigir, e com a impressão de que o leitor irá reencontrar os semideuses em algum momento no futuro. Riordan ainda dá uma pequena ponta de sua próxima série, voltada para mitologia nórdica, o que significa que mais tramas estão vindo e também, para a alegria dos jovens leitores, que o prazer da leitura não deve terminar com um simples ponto final.    

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