sábado, 27 de junho de 2015

2015.2 vem aí!!!



E como em um piscar de olhos, foi-se o primeiro semestre de 2015! Mas há muito chão pela frente antes que o ano termine e as promessas do cinema continuam quentes! Ainda dá tempo de ver a nova Sarah Connor lutando contra as máquinas, o surgimento de mais um herói para a equipe dos Vingadores, Tom Cruise em mais uma missão impossível, o novo Quarteto Fantástico, um maluco se equilibrando nas torres do World Trade Center, um astronauta preso em Marte, Katness Everdeen na batalha final contra a Capital e o esperadíssimo retorno dos cavaleiros Jedi e da família Skywalker. Quer mais?  

Qual será o filme mais impactante de 2015.2? Prepare a pipoca e faça suas apostas, pois a diversão está muito longe de acabar! 


O Exterminador do Futuro: Gênesis 




Homem-Formiga:



Missão Impossível: Nação Secreta



Quarteto Fantástico:



Maze Runner: Prova de Fogo



A Travessia:



Jogos Vorazes: A Esperança - O Final



Star Wars: O Despertar da Força



Perdido em Marte:

sábado, 20 de junho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros


Ela matará qualquer coisa que se move”.

Muitas vezes é difícil parar para refletir e perceber que existe magia no entretenimento. Afinal, é o encanto que alimenta a curiosidade e prende a atenção, e talvez seja esse o ingrediente que vai manter atrações de circos, parques e zoológicos vivas por vários anos. Provavelmente tenha sido com esse pensamento que o autor Michael Crichton deu vida, lá na década de 1990, ao seu Jurassic Park.

A ideia de um parque temático, com dinossauros reais reproduzidos por meio de avanço genético, foi tão visionária que chamou a atenção do cineasta Steven Spilberg e em 1993 a versão cinematográfica chegou às telonas, ganhando 3 Oscars e alcançando a maior bilheteria de todos os tempos (Até Titanic chegar, em 1997).


Após mais duas continuações, por muitos anos se cogitou um quarto capítulo para a franquia jurássica. E com a crescente necessidade (muitas vezes desnecessária) da indústria hollywoodiana de fazer remakes e reboots, e, sendo assim, empanturrando os cofres com mais lucros, surge Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros


O enredo se passa vinte anos depois do ocorrido no primeiro Jurassic Park. Se lá John Hammond tinha a visão de ver o maior empreendimento da sua vida em funcionamento, em Jurassic World o sonho se faz realidade. O parque já está aberto há muito tempo e, por dia, garante a visitação de mais de 20 mil pessoas. A administração agora fica por conta de Claire (Bryce Dallas Howard) que, juntamente com a equipe de geneticistas e a intenção de aumentar o número de público, tem a ideia de criar uma nova atração.


A atração em questão é o desenvolvimento de um dinossauro híbrido, a Indominus Rex, mais brutal e inteligente que qualquer outro, incluindo o T-Rex. A besta escapa da contenção e sai pela Ilha Nublar matando tudo o que vê pela frente. É aí que entra em ação Owen (Chris Pratt), o adestrador de Velociraptors, cuja experiência no mundo animal lhe permite elaborar um plano para caçar a fera ao passo em que é preciso manter a proteção dos visitantes. 


A intenção de Jurassic World, assim como foi em Mad Max: Estrada da Fúria, é bastante clara: apresentar a franquia ao público jovem atual e causar nos mais velhos a sensação de saudosismo. Nesta perspectiva, o filme funciona muito bem, homenageando o clássico em diversas cenas (Os meninos encontrando o antigo parque, por exemplo).


Entretanto, carrega consigo um legado presente nos seus antecessores; não há espaço para desenvolvimento de personagens quando o foco é a gritaria e correria para escapar dos dinossauros famintos. O diretor Colin Trevorrow realmente se esforçou para trazer essa mitologia para uma ótica mais atual; a violência presente, embora pudesse ser mais sanguinária do que o pressuposto, está de bom tamanho. Os efeitos visuais estão formidáveis, tornando a imersão cada vez mais crível. A lendária trilha sonora de John Williams retorna, mas fica bastante tímida no decorrer da projeção. 


Apesar de não ter se saído mal, Jurassic World deixa a impressão de que poderia ter causado mais impacto e, neste sentido, infelizmente, as comparações com o primeiro filme são inevitáveis. Todos os fãs antigos devem lembrar o teor de suspense/terror que Spilberg introduziu no original, com cenas memoráveis como o ataque do T-Rex ao carro e a cena dos Velociraptors na cozinha. Contudo, pelo menos a batalha final é impressionante e, desse modo, alimenta a esperança de que a franquia ainda tem mais combustível para queimar. A magia de Jurassic Park foi restaurada e, para a alegria dos espectadores, e dos dinossauros esquecidos de outrora, a extinção parece estar fora de questão. 

Trailer:

sábado, 13 de junho de 2015

Ela


Qualquer pessoa que se apaixone é uma aberração. É algo louco de se fazer. Uma forma socialmente aceitável de insanidade”.

Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse a interação humana, foi o que disse um dos mais notáveis cientistas da história da humanidade. De fato, em tempos em que a internet e a evolução de aparelhos eletrônicos se tornam cada vez mais crescentes, parece ser muito mais prático e coerente estabelecer relacionamentos virtuais no lugar de enraizar convivências reais.


O cientista supracitado é Albert Einstein e o filme Ela é apenas mais uma evidência de que o futuro profetizado pelo alemão está iminentemente próximo. Dirigido e roteirizado pelo peculiar Spike Jonze (de Quero Ser John Malkovich e Onde Vivem os Monstros), a película é o reflexo incrível da dependência e carência que envolve o elo entre homem e máquina. 


Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um melancólico e solitário homem que está saindo de um recente divórcio. Curiosamente, sua vida pessoal entra em um brutal contraste com a profissional, uma vez que é por meio da escrita de cartas para outras pessoas que ele encontra a sua catarse sentimental.


Talvez com receio de que sua rotina fosse completamente subjugada pela depressão, Theodore compra um sistema operacional com inteligência artificial, uma espécie de amigo virtual. No caso, uma amiga, Samantha, na voz original de Scarlett Johansson. Cumprindo sua função como qualquer computador, Samantha é a companheira perfeita e passa a ser a nova conexão de Theodore com o mundo. A questão que paira em quase toda a exibição é a seguinte: uma relação, mesmo que virtual, pode ser duradoura e, quiçá, mais sólida do que uma real?


A resposta é óbvia e o próprio filme a mostra ao longo do percurso, em especial nas cenas em que outras pessoas na rua conversam com seus “amigos operacionais” e também na existência de bate-papos cuja única finalidade é garantir um sexo simulado e gratuito. Ironicamente, o enredo se agrava por se situar em locais como Los Angeles e Xangai, ambos com belíssimos cenários, revelando que é praticamente um pecado dedicar a atenção a um aparelho do que na paisagem ao redor.

O que faz de Ela ainda mais preocupante é a cativante atuação de Joaquin Phoenix (que injustamente não recebeu uma indicação ao Oscar), que passa boa parte da trama sozinho e que consegue, por meio de sua performance facial, retratar a angústia e languidez de um indivíduo que se sente abandonado. Scarlett Johansson, que não aparece em momento algum, se destaca igualmente por trazer características humanas a um programa de computador, como o desejo de ter questionamentos respondidos e os suspiros entre as frases. Amy Adams tem o papel de suporte social para o protagonista, mas também não deixa a desejar.

Em Ela, Spike Jonze mesclou romance dramático com ficção científica e conseguiu arrancar elogios da crítica, recebendo inclusive o Oscar de Melhor Roteiro Original. Infelizmente, estampou a face decadente da humanidade; milhares de pessoas idolatram filmes, livros, artistas, e todo o afeto depositado em ferramentas como Facebook e Whatssap são somente mais um produto do pacote. É o desespero em querer sempre se relacionar com algo ou alguém, seja de origem real ou virtual, moldando mentes superficiais. Esperto foi o Einstein, que saiu de cena antes de ver concretizada sua infeliz profecia.   

  
Trailer: