“Ela matará qualquer coisa que se move”.
Muitas vezes é difícil parar para refletir e perceber que
existe magia no entretenimento. Afinal, é o encanto que alimenta a curiosidade
e prende a atenção, e talvez seja esse o ingrediente que vai manter atrações de
circos, parques e zoológicos vivas por vários anos. Provavelmente tenha sido
com esse pensamento que o autor Michael Crichton deu vida, lá na década de
1990, ao seu Jurassic Park.
A ideia de um parque temático, com dinossauros reais
reproduzidos por meio de avanço genético, foi tão visionária que chamou a
atenção do cineasta Steven Spilberg
e em 1993 a versão cinematográfica chegou às telonas, ganhando 3 Oscars e
alcançando a maior bilheteria de todos os tempos (Até Titanic chegar, em 1997).
Após mais duas continuações, por muitos anos se cogitou um
quarto capítulo para a franquia jurássica. E com a crescente necessidade
(muitas vezes desnecessária) da indústria hollywoodiana de fazer remakes e reboots, e, sendo assim, empanturrando os cofres com mais lucros,
surge Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros.
O enredo se passa vinte anos depois do ocorrido no primeiro Jurassic Park. Se lá John Hammond tinha
a visão de ver o maior empreendimento da sua vida em funcionamento, em Jurassic World o sonho se faz realidade.
O parque já está aberto há muito tempo e, por dia, garante a visitação de mais
de 20 mil pessoas. A administração agora fica por conta de Claire (Bryce Dallas Howard) que, juntamente com
a equipe de geneticistas e a intenção de aumentar o número de público, tem a
ideia de criar uma nova atração.
A atração em questão é o desenvolvimento de um dinossauro
híbrido, a Indominus Rex, mais brutal
e inteligente que qualquer outro, incluindo o T-Rex. A besta escapa da
contenção e sai pela Ilha Nublar matando tudo o que vê pela frente. É aí que entra
em ação Owen (Chris Pratt), o
adestrador de Velociraptors, cuja experiência no mundo animal lhe permite
elaborar um plano para caçar a fera ao passo em que é preciso manter a proteção
dos visitantes.
A intenção de Jurassic
World, assim como foi em Mad Max:
Estrada da Fúria, é bastante clara: apresentar a franquia ao público jovem
atual e causar nos mais velhos a sensação de saudosismo. Nesta perspectiva, o
filme funciona muito bem, homenageando o clássico em diversas cenas (Os meninos
encontrando o antigo parque, por exemplo).
Entretanto, carrega consigo um legado presente nos seus
antecessores; não há espaço para desenvolvimento de personagens quando o foco é
a gritaria e correria para escapar dos dinossauros famintos. O diretor Colin Trevorrow realmente se esforçou
para trazer essa mitologia para uma ótica mais atual; a violência presente,
embora pudesse ser mais sanguinária do que o pressuposto, está de bom tamanho.
Os efeitos visuais estão formidáveis, tornando a imersão cada vez mais crível.
A lendária trilha sonora de John
Williams retorna, mas fica bastante tímida no decorrer da projeção.
Apesar de não ter se saído mal, Jurassic World deixa a impressão de que poderia ter causado mais
impacto e, neste sentido, infelizmente, as comparações com o primeiro filme são
inevitáveis. Todos os fãs antigos devem lembrar o teor de suspense/terror que
Spilberg introduziu no original, com cenas memoráveis como o ataque do T-Rex ao
carro e a cena dos Velociraptors na cozinha. Contudo, pelo menos a batalha
final é impressionante e, desse modo, alimenta a esperança de que a franquia
ainda tem mais combustível para queimar. A magia de Jurassic Park foi restaurada e, para a alegria dos espectadores, e
dos dinossauros esquecidos de outrora, a extinção parece estar fora de questão.
Trailer:
Bom postagem, menino! Amei "O Mundo dos Dinossauros", Chris Pratt tem um grande desempenho! É um ator lindo, carismático e talentoso ❤️. Passageiros Filme é de seus trabalhos mais recentes. Tem um bom roteiro e visualmente nos limpa os olhos. Para uma tarde de lazer é uma boa opção! :)
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