sábado, 9 de abril de 2011

As Crônicas dos Kane - A Pirâmide Vermelha



"O que você vai ler neste livro é a transcrição de um registro digital. Em certos pontos, a qualidade do áudio era ruim, por isso algumas palavras e frases representam o melhor palpite do autor. Sempre que possível, ilustrações de símbolos importantes mencionados na gravação foram adicionadas. Ruídos de fundo, como os de xingamentos, agressões e tabefes entre os dois locutores, não foram transcritos. O autor não assegura a autenticidade do registro. Parece impossível que seja verdade o que dizem os dois jovens narradores, mas você, leitor, deverá decidir por si".


Antes de dar início a esta postagem, preciso prevenir você: tome cuidado. O que está prestes a ler aqui é o anúncio de uma viagem sem volta rumo à imaginação, aventura, entretenimento e muitas descobertas. Por isso não reclame caso venha a ter sintomas de adrenalina, curiosidade e uma vontade assídua de continuar acompanhando esta história. Raros são aqueles que ficam imunes após tal leitura. E se você for apenas mais um dentre os incontáveis números das grandes exceções, aqui fica o último aviso: prepare-se.

Rick Riordan está de volta. Depois de dar uma volta no mundo da mitologia grega e deixar o jovem Percy Jackson tirar férias por um tempo indeterminado, o autor texano decidiu armar sua barraca em outra praia e surfar em um novo mar: o da mitologia egípcia. Sim, como se já não bastasse ser especialista na história dos deuses do Olimpo, Riordan revela que seu conhecimento não se restringe apenas a semideuses gregos; ele mostra que sua sabedoria se estende além dos desertos do Egito em A Pirâmide Vermelha, primeiro volume da série As Crônicas dos Kane.

Ninguém espera que aconteça uma mudança brusca na vida de Carter Kane. Nem mesmo ele próprio. O garoto de 14 anos viaja ao redor do mundo com seu pai, o famoso egiptólogo Julius Kane, e como o fato de se moverem constantemente nunca para de acontecer, fica realmente difícil imaginar que algo grandioso os faça ficar imóveis um minuto que seja. O que se diz do irmão, pode ser aplicado à irmã. Sadie é criada pelos avós, em Londres, e sua vida é tão normal quanto qualquer menina de 12 anos gostaria de ter. Mas ela não possui apreço pelo irmão; desde que foram separados após a morte da mãe, a menina alimenta raiva de Carter por ele ter tido o direito de permanecer com o pai, explorando lugares mundialmente conhecidos.

O destino dos dois se cruza no Natal, uma das duas datas em que Julius visita a filha durante todo o ano. Fazendo a promessa a seus filhos de que tudo ficaria bem e voltaria a ser como antes, o egiptólogo os leva ao British Museum para conhecerem a Pedra de Roseta. Mantendo Carter e Sadie distraídos, Julius realiza um ritual com a pedra, explodindo-a acidentalmente e desencadeando uma sucessão de eventos que mudaria a vida dos irmãos Kane para sempre.

Graças a seu tio, Amós, ambos conseguem fugir da polícia e ficam refugiados no Brooklyn. Ainda que o desaparecimento do pai após a explosão no museu fosse um mistério para os dois, a maior surpresa foi descobrir que eles fazem parte da linhagem de duas grandes famílias faraônicas, e que seu pai e sua mãe eram magos que participavam de um grupo chamado a Casa da Vida. O problema é que tal descoberta não lhes trouxe benefício nenhum. Na verdade, infortúnios não faltaram.

A Casa da Vida está caçando-os sob a suspeita de que ambos são hospedeiros de deuses do antigo Egito, uma vez que estavam presentes no ritual de evocação de Julius. Infelizmente, devido a uma falha mágica, o senhor Kane evocou 5 deuses egípcios, entre eles o malvado Set, representante do ódio e do caos. Agora, além de fugirem da Casa da Vida, os irmãos Kane terão de unir forças para impedir que Set reúna o poder dos outros deuses evocados e crie uma tempestade que destrua todo o mundo.

A Pirâmide Vermelha mostra que pode existir ordem no meio do caos, pois dois irmãos que não se gostam juntam-se à procura do pai perdido e descobrem que seus destinos estão interligados. Carter e Sadie Kane narram revezadamente (e parte da comicidade do livro deve-se a isto) a aventura que deu início ao nascimento de seus poderes mágicos e à batalha pela união entre homens e deuses contra um gigante que se pensava estar adormecido. Se você foi acometido pelos sintomas descritos no início da postagem, já deve estar enxergando hieróglifos nas paredes. Bom, eu avisei. Não posso garantir o tempo exato de até quando esse efeito irá durar, a jornada apenas começou. Só posso te desejar as boas-vindas e pedir para que aproveite enquanto puder. Momentos difíceis estão chegando, e Sadie e Carter esperam por nós.

Um comentário:

  1. Rapaz, adorei a resenha! Muito boa!
    E, pelo jeito, você gostou pouco do livro, não é? Eu disse que o livro era excelente.

    Forte Abraço e parabéns pelo texto.

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