segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Sete Homens e Um Destino


Eu procuro justiça. Mas aceito vingança”.

Em 1960 estreava Sete Homens e Um Destino, remake de Os Sete Samurais de Akira Kurosawa. Um típico Velho Oeste que rendeu centenas de elogios e três continuações. Porém, com a onda incessante de remakes que assola Hollywood, parecia óbvio que em algum momento chegaria a vez dos faroestes.

Dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento e O Protetor), o filme, apesar de ser de época, não foge das características básicas de uma refilmagem: tenta criar um laço de empatia do público atual para com a obra. Isso é perceptível desde a variada etnia que compõe o grupo dos sete, à bravura de uma mulher e um clímax com destruição explosiva. 


Quando as pessoas de um vilarejo são atormentadas por um vilão que quer tomar suas terras (Peter Sarsgaard), é preciso pedir a ajuda de pessoas corajosas (ou suicidas) para lutar pelos oprimidos. O líder dessa empreitada é Sam Chisolm (Denzel Washington), que recruta os seis homens restantes.


O roteiro da trama se sustenta na relação entre os sete heróis. Cada qual tem sua origem (há espaço até para um latino e um ocidental), e a interação que eles constroem entre si é divertida de assistir. Infelizmente, se o enredo tivesse se aprofundado neste aspecto, poderia ter rendido uma identificação maior do que ter arrastado com desleixo a segunda parte do filme (no mínimo, teve algo de errado com a edição) até chegar ao seu desfecho. 


É notório que cada um possui uma história pregressa. Um dos personagens, por exemplo, possui visões, pressentimentos, um trauma causado por batalhas antigas. Por que a produção sequer mostra essas visões? E por que não explorar um pouco da gênese de Josh Farraday (Chris Pratt, o palhaço da equipe) e revelar como ele se tornou um malandro?


Antoine Fuqua, ainda que tenha concedido aqui bons enquadramentos e um clímax respeitável, poderia ter aproveitado mais seu elenco de peso – especialmente o vilão – para enriquecer a obra. Fica difícil saber qual é o propósito de Sete Homens e Um Destino, considerando um final que não deixa claro qual o rumo que a história irá tomar. Pode-se dizer que pelo menos valeu a tentativa.    

Trailer:

  

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