terça-feira, 23 de maio de 2017

Rogue One: Uma História Star Wars


Rebeliões são construídas na esperança”.

Quando os créditos iniciais de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança aparecem na tela, o espectador tem a informação de que um grupo de rebeldes roubou os planos da Estrela da Morte – a arma destruidora de planetas do Império – e os enviou para a Princesa Leia (Carrie Fisher), uma das principais integrantes da Aliança Rebelde.

A informação, apesar de singela, serviu de escopo para a construção do enredo do primeiro spin-off da franquia Star Wars. Rogue One: Uma História Star Wars se situa alguns anos depois de Anakin Skywalker se tornar Darth Vader e dos Jedi terem sido caçados. Portanto, a época perfeita para o Império mostrar a toda galáxia o alcance do seu poder bélico.


Jyn Erso (Felicity Jones) desde cedo conheceu a crueldade dos asseclas do Imperador. Ainda criança viu seu pai, Galen Erso, ser levado pelo Diretor Krennic para a conclusão da Estrela da Morte e foi criada por Saw Guerrera (Forest Whitaker), antigo herói das Guerras Clônicas.  Anos se passam e a Aliança Rebelde entra em contato com a jovem a fim de descobrir o paradeiro de seu pai e obter dados a respeito da misteriosa nova arma do Império. 


Ao lado de Cassian (Diego Luna) e o dróide K-2SO, Jyn adentra em uma jornada investigativa repleta de fan service e easter eggs para os fãs mais saudosistas. O diretor Gareth Edwards (responsável pelo mais recente Godzilla) teve a intenção de fazer o filme mais diferente de toda a franquia, atribuindo a Star Wars um teor dramático de guerra. E ele conseguiu atingir o objetivo, conduzindo as cenas de conflito com maestria (O terceiro ato, tanto na batalha terrena quanto na espacial, é épico e lindo).


Edwards soube equilibrar muito bem a composição visual da obra, seja nas cenas envolvendo proporções (a nave imperial sobrevoando Jedha, por exemplo), quanto no ponto de vista de quem é o alvo da Estrela da Morte. Nessa perspectiva, a trilha sonora e os efeitos visuais contribuíram para a imersão e é possível acompanhar com mais veracidade a aflição que os personagens sentem. 


A falha de Rogue One talvez seja não ter aprofundado os personagens principais, cujas interações demonstram um aspecto cativante, mas não sai da superficialidade. K-2SO, e todo seu humor sarcástico, e Chirrut Imwe, que acredita na Força como um poder espiritual, são os únicos que escapam um pouco disso. Contudo, é impossível não citar Darth Vader; com somente duas pequenas participações, o lendário Lorde Sith relembra ao público o que é capaz de fazer. É de tirar o fôlego.

Rogue One: Uma História Star Wars faz uma ponte perfeita com Uma Nova Esperança e esclarece indagações que os fãs tiveram durante quase quatro décadas. Os cinco minutos finais são sublimes, revelando o potencial que a Disney tem a oferecer para Star Wars agora que George Lucas somente assiste na arquibancada. É uma árvore ancestral mostrando que ainda pode aprofundar suas raízes, atingir mais pessoas e, sobretudo, provando que novos frutos podem ser tão bons quanto os antigos.  



Trailer:

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