É isso mesmo! O tão esperado 2016 finalmente está chegando! O ano em que o cinema promete sacudir as emoções dos espectadores! E logo no primeiro semestre já teremos grandes filmes, alguns dos quais podem redefinir seu respectivo gênero dentro da sétima arte. Confira abaixo os trailers dos filmes que vão estrear até o mês de julho. Prepare as pipocas!
O cinema está se tornando saudosista. Em um período em que é
cada vez mais comum vez clássicos filmes retornarem do limbo (como Mad Max e Jurassic Park), a impressão é que não basta apenas relembrar o
sucesso de passados dourados para alegrar os fãs antigos, mas especialmente
enveredar nas possibilidades que aquele universo ainda tem a oferecer para
conquistar um novo público.
E Hollywood deve vibrar quando um roteiro com essa proposta
acaba caindo nas mãos de um diretor devoto ao saudosismo. J. J. Abrams é um cineasta que se enquadra nesse perfil, pois já
possui no seu currículo o reinício de Star
Trek e o fantástico Super 8, cujo
objetivo era resgatar o espírito de alguns longas da década de 1980. Não era
de se espantar, portanto, que ele se envolvesse em outro projeto dessa estirpe.
Mas ninguém, tampouco os fãs, esperavam que fosse um novo Star Wars.
Depois do anúncio de que a Disney tinha adquirido os direitos
sobre a obra de George Lucas e que
uma nova trilogia seria desenvolvida, muitas indagações foram levantadas: o que
resta contar? O que aconteceu com aqueles personagens após 32 anos desde o
episódio VI? Star Wars: O Despertar da
Força responde muitas perguntas, abre portas para o futuro, e faz com que
uma das franquias mais mitológicas da história do cinema continue com o
respeito irretocável.
No final de O Retorno
de Jedi, o Império é arruinado junto com a destruição da segunda Estrela da
Morte. Porém, o Lado Sombrio continua vivo, e das cinzas do Império surge o seu
remanescente: a Primeira Ordem. O enredo do filme tem seu início com Kylo Ren (Adam Driver), líder dos Cavaleiros de
Ren, em busca do mapa que pode entregar a localização do paradeiro de Luke
Skywalker (Mark Hammil), o último
Cavaleiro Jedi. Se a Primeria Ordem conseguir capturar Luke, o Lado Sombrio
finalmente terá sua vitória.
Uma parte deste mapa está com BB-8, um cativante droide, e
ele acaba se tornando amigo de uma catadora de lixo, Rey (Dayse Ridley), e de um fugitivo do próprio passado, Finn (John Boyega). A dupla logo é perseguida
pela Primeira Ordem e recebe a ajuda Han Solo (Harrison Ford), que pode levá-los à Resistência, antiga Aliança
Rebelde, uma vez que a líder Leia (Carrie
Fisher) também almeja adquirir o mapa.
O Despertar da Força é uma homenagem do começo ao fim. A
própria estrutura narrativa é bastante similar com Uma Nova Esperança, até pelo fato de existir uma nova Estrela da
Morte e na resolução de como destruí-la, o que vem arrancando críticas
negativas de muitos fãs, mas talvez a verdadeira intenção fosse preservar as
origens da franquia no sentido de como Luke foi introduzido à sua jornada. As
referências aos episódios anteriores são diversas – a trilha sonora de John Williams é uma viagem no tempo – e
é deveras emocionante rever esse mundo e seus personagens icônicos. (Assistir a
Millennium Falcon de volta à ativa é de arrepiar).
Além do avanço tecnológico, que contribui para um verdadeiro
e belíssimo espetáculo visual nas cenas de ação, as atuações não deixam a
desejar. Boyega é sensacional como alívio cômico e nos seus momentos heroicos,
assim como Ridley consegue transmitir claramente a evolução de Rey durante o
seu percurso. Ambos sustentam quase toda a trama e seria formidável se pudessem
ficar juntos no futuro. O título do filme faz menção à Força, a qual é muito
trabalhada em Kylo Ren, que a maneja quase tão bem quanto Darth Vader. É certo que
esse personagem trará mais surpresas.
Infelizmente, Star
Wars: O Despertar da Força tem seus deslizes. Algumas explicações são
superficiais e não saciam a curiosidade do espectador. Afinal de contas, era de
se esperar alguns detalhes do que aconteceu nos últimos 30 anos. Algumas
respostas podem ser encontradas em livros canônicos, mas e quem não os leu? É
provável, é claro, que alguns mistérios sejam solucionados nas sequências, o
que mostra que ainda há variados caminhos para esse universo ser expandido.
Com seu novo trabalho, J. J. Abrams conseguiu levar o
saudosismo a um outro patamar, enaltecendo com mais profundidade uma franquia
que consagrou o gênero da ficção científica e do space opera. A Força despertou, e será um prazer, agora mais do que
nunca, mergulhar na imaginação e nas aventuras que somente são encontradas naquela
galáxia muito, muito distante.
“A princesa Peribeia
segurava Annabeth pelo percoço como se a menina fosse um gato feroz. O gigante
Encélado tinha Percy preso em sua enorme mão fechada.
- Bem na hora! –
exclamou o rei dos gigantes. – O sangue do Olimpo, para despertar a Mãe
Terra!”.
O que esperar do final de uma saga? As respostas podem ser
múltiplas; romance, drama, comédia, ação... Ou todas as alternativas juntas,
mas cada qual bem constituída e exercida. E é isso e mais um pouco o que Rick Riordan entrega no último volume
de Os Heróis do Olimpo.
Após fecharem as Portas da Morte em A Casa de Hades e Percy e Annabeth conseguirem sair vivos do
Tártaro, os semideuses da Profecia dos Sete se veem diante da maior batalha de
todas: evitar que Gaia desperte e destrua o mundo. Porém, o tempo é curto e a
cada obstáculo que aparece, a situação fica cada vez mais calamitosa.
Na medida em que os tripulantes do Argo II viajam até a Grécia para impedir a cerimônia de
renascimento da Mãe Terra, o medo de falhar cresce em todos eles, especialmente
em Leo, que elabora um plano secreto que pode salvar ou aniquilar toda a
humanidade. Contudo, se Gaia precisa do sangue deles para recuperar plenamente
suas forças, não estariam os heróis caminhando em direção a uma armadilha
fatal?
Ao passo que a Acrópole se torna o cenário do clímax, Reyna,
Nico e o treinador Hedge ficam encarregados de levar a Atena Partenos até o
Acampamento Meio-Sangue. O problema é que o acampamento está sendo cercado por
tropas romanas, as quais, com a ajuda de monstros e outras criaturas do
submundo, estão dispostas a não deixar vestígios de sobreviventes. Além disso,
o trio está sendo caçado pelo gigante Orion. Cabe a Reyna escapar do inimigo
que está em seu encalço e também chegar a tempo com a estátua para estabelecer
a paz definitiva entre gregos e romanos.
O Sangue do Olimpo é apenas mais uma prova de que
Riordan é um autor cheio de cartas na manga. A narrativa é pressionada por uma
tensão que aumenta a cada aventura, e a opção de não seguir o roteiro da série
antecessora (Lembrando que Cronos, o vilão de Percy Jackson e os Olimpianos, já havia despertado desde o
penúltimo livro da saga), por mais que alguns leitores considerem uma falha
devido ao curto tempo da batalha final, revela que aqui o texano resolveu
enaltecer outros temas – não que a salvação do mundo não seja importante – ,
estreitando ainda mais a ponte entre personagens e leitores.
Os Heróis do Olimpo encerra com todas as ferramentas
adequadas que um fim poderia exigir, e com a impressão de que o leitor irá
reencontrar os semideuses em algum momento no futuro. Riordan ainda dá uma
pequena ponta de sua próxima série, voltada para mitologia nórdica, o que
significa que mais tramas estão vindo e também, para a alegria dos jovens
leitores, que o prazer da leitura não deve terminar com um simples ponto final.