sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Jumanji



O homem da floresta escura, caça em você a criança pura”.

Uma das vantagens de jogar RPG, como a própria tradução anuncia, é a oportunidade que os jogadores têm de interpretar seus personagens, aguçando suas capacidades de imaginação. Embora vários dos participantes desse estilo de jogo levem as regras muito a sério, eles estão guarnecidos com o pretexto de que tudo gira em torno de uma ficção. 

O problema de Jumanji é que o jogador não tem tal opção e cada lance de dados pode gerar resultados decisivos, inusitados e fatais; toda jogada significa que algo sairá do jogo, colocando os participantes em perigo real. No ano de 1969, Alan Parrish e sua amiga Sarah Whittle descobrem isso da pior maneira e o pobre garoto é lançado para dentro de um misterioso tabuleiro que encontrou nos entulhos de uma construção, fadado a ali ficar até que surja outro participante que o salve.


Vinte e seis anos depois, os irmãos Judy (Kirsten Dunst) e Peter vão morar na velha mansão da família Parrish. Ambos acabam encontrando o jogo de nome “Jumanji” e o iniciam, libertando o já adulto Alan (Robin Williams). O infortúnio é que os irmãos começaram a mesma partida que Alan não conseguiu terminar em outrora, e para que todas as coisas que saíram do jogo voltem ao seu local de origem e o equilíbrio seja restaurado, o jogo tem que ser encerrado. 

O filme, baseado na obra de Chris Van Allsburg, foi lançado em 1995 e é considerado um clássico pelo teor aventureiro e os sofisticados efeitos visuais que, para a época, foram somente possíveis graças aos avanços alcançados em Jurassic Park. O clima juvenil e cômico foi bem aproveitado pelo diretor Joe Johnston (Capitão América: O Primeiro Vingador), o qual possui uma aclamada experiência na área pelo também nostálgico Querida, Encolhi as Crianças.


Mas não apenas de aventura vive Jumanji. A temática família, coragem e amizade permeiam o filme, alicerces das variadas emoções que os personagens demonstram nas situações de perigo. Mais um ingrediente a ser acrescentado no sucesso que, ainda na década de 1990, rendeu um desenho animado retratando o mundo que existe dentro do jogo.


Curiosamente, outro longa-metragem chamado Zathura é considerado uma extensão de Jumanji; a diferença é que seu cenário é o espaço sideral. As comparações são inevitáveis, pois a aventura espacial é inspirada em outro livro do mesmo autor. Ainda assim, é preciso de algo maior para dissipar da memória a fantástica história com a qual Jumanji presenteia o espectador e, além disso, é ótimo rever Robin Williams em seus anos dourados. Para os insaciáveis jogadores de imaginação fértil, Jumanji sempre será uma boa inspiração; para o saudoso espectador, serve como o manual de uma boa diversão e a nostálgica sensação de que por mais que a partida termine, sempre haverá alguém disposto a jogar outra vez.

Trailer:

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