sexta-feira, 24 de junho de 2016

2016.2 vem aí!


O primeiro semestre de 2016 passou voando! E apesar de algumas decepções, eis que surge o segundo semestre para trazer novas esperanças (ou não). Temos o retorno da franquia Caça-Fantasmas, desta vez em uma versão feminina, e Jason Bourne na quarta tentativa de descobrir quem realmente é. Temos a DC Comics continuando a expansão de seu universo com Esquadrão Suicida e seu novo Coringa, Tim Burton regressando à temática juvenil, e o professor Robert Langdon em busca do Inferno de Dante. Para finalizar o semestre, a Marvel apresenta ao público o seu novo herói ao passo em que a Warner investirá novamente no fantástico mundo de Harry Potter. E, é claro, Star Wars reaparece em seu primeiro spin-off.  

Qual será um sucesso? E qual irá decepcionar os fãs? Faça suas apostas! 

Caça-Fantasmas:

Jason Bourne:


Esquadrão Suicida:



O Lar das Crianças Peculiares:



Inferno: 


Doutor Estranho: 



Animais Fantásticos e Onde Habitam:

 

Rogue One - Uma História Star Wars:

sábado, 18 de junho de 2016

Truque de Mestre: O 2º Ato


Se tem algo em que acredito, é no olho por olho”.

Quando Truque de Mestre estreou em 2013, o filme não tinha grandes ambições e tampouco a pretensão de levar ao público uma reflexão intelectual acerca de mágicas no estilo O Grande Truque. Foi com o suspense e com cenas de ação frenéticas e envolventes que o longa fez sucesso, lucrando quase o triplo do que custou.

E na indústria do cinema lucro é sinônimo de que mais ovos de ouro podem sair desse ganso, e assim surgem franquias e continuações, ainda que indesejáveis. Truque de Mestre: O 2º Ato, desta vez sob a direção de Jon M. Chu, investe na irreverência de seus personagens e traz tantas reviravoltas quanto seu antecessor, porém fica a impressão de que algo no percurso da mágica não funciona como deveria. 


Um ano se passou desde que Os Quatro Cavaleiros descobriram que o inspetor do FBI Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) era o mentor misterioso que os orientava em suas práticas de Robin Hood. Seguindo o direcionamento da quase invisível sociedade chamada de “O Olho”, a equipe se organiza para armar seu retorno. No entanto, um novo inimigo surge e os força a realizar um roubo quase impossível.


Em questão de narrativa, o enredo é constituído por diversas surpresas. Não é um demérito; talvez a imprevisibilidade de Truque de Mestre seja seu maior trunfo. O problema é que O 2º Ato desconstrói alguns princípios estabelecidos no primeiro e isso pode desagradar os fãs que foram conquistados em 2013. E, tendo a fórmula das reviravoltas funcionado naquele com eficácia, neste tropeça um pouco por exagerar demais e querer ir além da conta. É preciso estar com os olhos atentos para que o raciocínio não se perca no caminho. 


Apesar dessa sensação de desconforto, o filme é carismático. Tal simpatia é causada pelo excelente elenco, aqui com as adições de Daniel Radcliffe e Lizzy Caplan. Todos os atores transmitem uma sintonia formidável, com uma merecida atenção especial a Woody Harrelson, que mostra nuances peculiares muito interessantes. E sem dúvidas é maravilhoso ver os Quatro Cavaleiros usufruindo de seus pacotes de ilusionismo (destaque para a cena em que todos estão sendo revistados, embora seja surreal).   


A edição também continua rápida no intuito de acompanhar o ritmo com que os eventos se desenrolam, fazendo com que Truque de Mestre: O 2º Ato se assemelhe com o primeiro filme, mesmo que porventura a intenção não fosse essa. O feitiço pode não ter sido tão prestigioso quanto antes, mas sempre existem bons truques que podem impedir a mágica principal de descer pelo ralo. Basta que a magia, neste caso, recupere a artimanha correta.   

Trailer:

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos


Se não nos unirmos, nosso mundo perecerá”.

É bastante perceptível que os quadrinhos estão passando por mais uma era de ouro. O objeto que antes era visto com certo preconceito e como motivo para ridicularização hoje é a fonte de origem que leva multidões para o cinema. A sétima arte encontrou no mundo dos heróis um caminho para conquistar novos públicos e gerar renda. Era apenas uma questão de tempo até alguém questionar: será que chegou a hora para os games receberem o mesmo destaque?

Mortal Kombat, Tomb Raider, Sthreet Fighter são somente alguns dos exemplos que fracassaram na década de 1990 para o início de 2000. Infelizmente essas franquias tiveram o azar de terem sido produzidas no tempo inadequado, no qual a cultura nerd não era tão difundida e em que os efeitos especiais ainda não tinham chegado ao seu apogeu. Agora que o avanço tecnológico permite que a criação de mundos fantásticos esteja ao alcance das mãos, não há momento mais propício no qual Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos seja o ponto de partida para que os games ganhem seu espaço.


Azeroth, o mundo fictício de Warcraft, é muito semelhante à Terra-Média de O Senhor dos Anéis, no sentido de que homens, magos, e outras raças como anões e elfos convivem pacificamente, apesar das diferenças. A harmonia de Azeroth é quebrada quando um portal é aberto trazendo parte da Horda de orcs. O mundo em que as criaturas viviam está sucumbindo e eles precisam encontrar um novo lar. 


Durotan é o líder de um dos clãs dos orcs. Ele acredita que seu povo pode viver em paz e quer que sua raça se veja livre da magia ardilosa e funesta de Gul’dan. Por isso decide fazer uma arriscada aliança com os homens a fim de evitar que uma guerra aconteça entre ambas as partes.


Um dos maiores desafios que o gênero fantasia enfrenta é a possibilidade de que nem todos os espectadores sintam empatia pela obra. Essa é a razão que faz com que eles precisem ter uma característica fundamental: a habilidade de saber contar uma história. O Senhor dos Anéis e Avatar de James Cameron, por exemplo, embora sejam filmes longos, sabem aproveitar o tempo que possuem para explorar seus universos, enquanto a Marvel utiliza uma fórmula que agrada todas as faixas etárias. Isso não ocorre em Warcraft e é justamente seu calcanhar de Aquiles. 


O diretor Duncan Jones (de Lunar e Contra o Tempo), nerd de carteirinha, colocou diversas referências que os fãs e jogadores irão identificar com facilidade. Porém, quem não conhece esse universo e tem como único contato o filme, muito provavelmente se sentirá perdido com a velocidade em que os fatos discorrem e com a quantidade de informações sem esclarecimentos aprofundados. O roteiro é superficial e não há tempo para explanar a rica história de Warcraft (Se Azeroth tem sete reinos, quais são eles?), a relação entre os humanos e tampouco a dos orcs (O nome do mundo dos orsc sequer é citado. E qual a origem do fel? Como Gul’dan adquiriu tanto poder?). 


Com a edição repleta de cortes – Jones declarou que cortou 40 minutos de filme –, a trama fica deslocada e até o romance que a produção tenta inserir perde um pouco de sentido. Entretanto, o que pode fazer com que a mitologia tenha mais uma chance são os efeitos visuais. E o espectador que preferir ter a experiência em 3D ficará mais encantado. Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos, com todo o empenho da produção e com o teor épico do enredo, pode dar a introdução para que os games comecem a ser apreciados pelos cinéfilos (Assassin’s Creed vem aí), ou simplesmente fazer com que a maldição dos seus antepassados se repita.